sábado, 28 de outubro de 2017

Quando os relógios derretem...

Há um misterioso  encanto
E uma sensação de liberdade
Quando os relógios derretem...
Na grama, a pena branca
Despede-se do pássaro e do céu azul,
Deixando deslizar uma lágrima
De arco-íris.
Quando os relógios derretem
A Lua empresta seu brilho
Ao tabuleiro de xadrez,
Que aos poucos se dilui
Com o toque incandescente dos relógios
E, no jogo do poder mesclam-se
As cores
Unificam-se as peças...
Quando os relógios derretem
Voam bem alto
As sementes de dentes-de-leão,
Enquanto o pássaro
Do vidro trincado da janela
Pousa em minha mão,
Sussurrando poemas.
Quando os relógios derretem,
O Amor tem todo tempo do mundo...
Vanice Zimerman, IWA
 28/10/2017

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